CONTEXTO JORNALÍSTICO



O CONTEXTO JORNALÍSTICO




Classificação dos principais gêneros textuais do jornal. 

Gêneros
do jornal


Aspecto
tipológico

Capacidade
de linguagem

Domínio social
1. Anúncio classificado

Prescrições
e instruções

Regulação mútua de
comportamentos por meio da orientação (normativa, prescritiva ou descritiva)
Regulação de
ações
2. Anúncio
publicitário

Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
3. Artigo de
opinião


Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
4. Carta do
leitor

Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
5. Chamada
Relatar
Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Documentação e
memorização das
ações humanas
6. Charge

Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
7. Crítica

Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
8. Crônica
Relatar
Representação pelo
discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Documentação e
memorização das
ações humanas
9. Editorial

Argumentar
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição
Discussões de
Problemas sociais controversos
10. Entrevista
Relatar
Representação pelo
discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Documentação e
memorização das
ações humanas
11. Gráfico
Expor/ argumentar
Apresentação textual
de diferentes formas
de saberes/ sustentação, refutação, negociação de tomada de posição
Transmissão e construção de saberes/
Discussões de problemas sociais controversos
adaptação de Dolz e Schneuwly, 2005


OS ATORES ENVOLVIDOS, OS INTERESSES EM JOGO, OS RECURSOS USADOS PARA A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS SOB DIFERENTES ENFOQUES E VERSÕES DO FATO E A IMPOSSIBILIDADE DA NEUTRALIDADE, O PAPEL DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIA.


Se a narração é o gênero de redação em que uma história é contada (seja uma fábula ou uma crônica), com o uso de recursos como flashbacks, suspense, narrador em primeira ou terceira pessoa, etc., a notícia é o relato do fato, com texto, geralmente, mais simples, seco. Você vai entendar como funciona.
Você acredita que a notícia que ouvimos no rádio, assistimos na TV, lemos no jornal impresso ou na Internet é um fato em si ou é uma interpretação de um fato? 

A linguagem escrita representa algo, como objetos, valores, ideias. Logo, a notícia não é o fato em si, mas sim uma interpretação desse fato, certo?

O PODER DA MÍDIA

Vamos  compreender o poder da mídia como ‘criadora de fatos’ e formadora de opinião, a partir da observação e análise dos recursos utilizados pela revista na construção do efeito de sentido planejado, considerando as manchetes, fotos, fundos, luz, sombra etc. de cada capa.

REVISTA VEJA

Edição 988 - 12/08/87                                     Edição 1020 - 23/03/88





Analisando as duas capas podemos observar uma tendência a valorizar o candidato Collor – colocando-o como uma resposta a um dos problemas do Brasil (“A praga dos Marajás). E o que ajuda a construir essa imagem de herói, de ‘salvador da pátria’ é o diálogo entre a primeira e a segunda capa: em uma vemos o destaque para a ‘praga dos marajás’ e, em outra, para aquele que vai ser o ‘caçador dos marajás’. 

Associado a isso, temos a composição da segunda capa: ao fundo, em segundo plano, aparece um quadro com a imagem de um soldado empunhando a sua espada em defesa da pátria. Do lado superior esquerdo aparece  uma tarja amarela – com a frase A manobra parlamentar de Ulisses – e sobre ela, a imagem de Ulisses, citado na tarja. Veja que, neste caso, sobra para Ulisses a imagem de “manobreiro”, do que faz intrigas, manipula.


Esses recursos vão criando uma imagem sobre os candidatos e influenciam na formação de opinião dos leitores / eleitores. 
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A diferença no tratamento de informação jornalística
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"A imprensa tradicional está obrigada a redefinir o jornalismo e a relação com os seus leitores pelo impacto que provoca a Internet e as novas tecnologias", segundo o manifesto apresentado  em Miami pela 63ª Assembleia-Geral da Sociedade Inter-Americana de Imprensa em 13 ago 07. O diretor do programa de Jornalismo da Fundação Knight, Gary Kebbel, afirmou que a imprensa encontrava-se num momento crítico com a quebra contínua do número de leitores e a redução dos investimentos publicitários e só se poderá reverter a situação através do uso das vantagens que oferece a Internet. 

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Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativaem contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento. O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, como advento da World Wide Web, vieram também os jornais on line, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido.

Como fazer um jornal



Notícia é a matéria prima do jornal. Ela traz um resumo dos acontecimentos. Portanto, um resumo não pode conter muitas linhas! A notícia deve comunicar o fato e não traçar argumentos sobre ele. 


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O QUARTO PODER


Mad City, 1997 - Um repórter de televisão que está em baixa, mas já foi um profissional respeitado de uma grande rede, está fazendo uma cobertura sem importância em um museu de história natural quando testemunha um segurança demitido pedir seu emprego de volta e, não sendo atendido, ameaçar a diretora da instituição com uma espingarda. Ele nada faz com ela, mas acidentalmente fere com um disparo acidental um antigo colega de trabalho. De dentro do museu, o repórter consegue se comunicar com uma estagiária que está em uma caminhonete nas proximidades, antes de ser descoberto pelo ex-segurança, que agora fez vários reféns, inclusive um grupo de crianças que visitavam o museu. Em pouco tempo um pedido de emprego e um tiro acidental se propagam de forma geométrica, atraindo a atenção de todo o país. O repórter convence ao segurança que este lhe dê uma matéria exclusiva e promete em troca comover a opinião pública com a triste história do guarda desempregado. É a sua chance de se projetar e voltar para Nova York, mas nem tudo acontece como o planejado.

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O jornal e o leitor, uma questão de identidade







  • Os aspectos que possibilitam a identificação do leitor com um jornal são vários, e o papel de quem lê pode ser mais do que o de um mero consumidor.
    Imagens chamativas, frases de efeito, cores variadas, todos estes são os elementos da primeira página dos jornais para atrair o consumidor. Mas além de vender uma edição,  esses veículos buscam fidelizar o leitor, isto é, garantir que ele crie o hábito de comprar tal veículo porque se identifica com ele. A questão que fica, então, é  qual é, de fato, o poder dos jornais em nos persuadir e de nos fazer leitores fiéis a uma publicação?


    Por um lado, devemos pensar que todos os dias os jornais trazem notícias novas, de modo que o conteúdo do jornal vai ser sempre diferente, em certa medida, de sua  edição anterior. Diante disso, para ter uma identidade, uma referência, os jornais buscam manter alguns elementos constantes em suas edições: . É justamente a identidade do jornal que deixa o leitor  familiarizado com a orientação e hierarquização de conteúdo, dentre outros elementos, proposta sistematicamente pelo veículo. E ainda que, não apenas a diagramação do veículo, como também as notícias dizem algo de sua identidade. O jornal fala do que é novo, mas abre espaço para o esperado, o trivial, banal e o rotineiro. Os jornais também tem seus interesses próprios. A atividade jornalística se propõe a informar a sociedade sobre os acontecimentos de seu interesse. Essa informação, no entanto, não é construída de modo desinteressado, mas carrega a intenção de quem a produziu. 

    Não  podemos  negar que os jornais tem diversas estratégias e interesses para criar uma identidade, vale pensar, então, no papel do leitor ao se defrontar com tudo isso.  As pessoas que são ‘fiéis’ a um jornal, compram-no porque de certa forma compartilham com ele algumas visões de mundo. Porém, isso não significa que ao ler um jornal um leitor irá compactuar com todas as ideias que estão lá e aceitará tudo o que foi lido sem questionamento ou ao menos reflexão. Este é um ponto  que merece ser refletido: a influência da sociedade nessa mídia, e vice-versa. 

    A maneira como a mídia diz sobre algo também nos conta a forma como a sociedade o enxerga. 

    Não há um jornal zero, que simplesmente passe a informação. Cada um tem a sua  visão de mundo que por sua vez é o espelho do seu leito. Reflexo da sociedade, ou uma leitura que nos orienta? Afinal de contas, até que ponto nós construímos o jornal e nos deixamos construir por ele? E você, o que pensa sobre isso?



    Adaptação do texto - Portal Laboratório Tubo de Ensaio  -  Oficium Produção Jornalística e Comunicação Integrada - Universidade Federal de Minas Gerais

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  • A Imprensa Contemporânea

    Estudo[2] divulgado,  em fevereiro de 2007,  pela Universidade de Chicago  revelou que donos e editores de jornais são mais influenciados pelas forças do mercado do que por ideologia pessoal quando determinam como as notícias serão apresentadas em seus veículos.

    Ajzenberg [3] diz que “jornal também é negócio, a informação ganhou a característica de mercadoria” . Segundo Michael Gartner[4]:

     “No mundo da realidade é inconcebível que um jornal ou revista não atendam aos desejos do mercado e, como conseqüência, da publicidade. Os anunciantes ordenam e nós obedecemos. A única coisa que devemos fazer é levar os leitores aos anunciantes. Sem mercado, simplesmente não existe futuro".


    Num mundo regido pelo tecnicismo dos manuais de redação, que determinam número de toques, de linhas e tamanhos dos parágrafos, e da  “pirâmide invertida”, estabelecendo ordens e hierarquias da informação, com os fatos principais aparecendo logo no primeiro parágrafo (o “lide”), com todas os outros elementos sendo organizados seguindo essa lógica estrutural. Essa foi a fórmula consagrada pelas grandes agências de notícias internacionais. Essa camisa-de-força estilística e ideológica desembarcou em território brasileiro a partir da década de 50,  rapidamente incorporadas pelos maiores veículos cariocas da época - “Tribuna da Imprensa”, “Última Hora” e “Jornal do Brasil”; mas só chegou a imprensa paulista a partir dos anos 70 e 80, com a concretização do “Projeto Folha”, como nos explica  Arbex:

    o “Projeto Folha” caracterizava a notícia como mercadoria, destinada a gerar lucros. Essa perspectiva exigia, obviamente, o fim da “politização” da redação, uma das características mais fortes do jornalismo até então praticado no Brasil. (2001:142)

    Foi essa “nova” proposta editorial idealizada pelo jornal “Folha de São Paulo”  a responsável por implantar no Brasil, e em ritmo acelerado, “uma lógica empresarial que a moderna imprensa capitalista construiu ao longo de várias décadas nos Estados Unidos e na Europa” (Arbex 2001: 141). 

    Segundo Marshall , “O lead serve, assim, muito mais para esconder do que para revelar” .  São  conseqüências diretas e imediatas do processo de mercantilização da notícia a  pasteurização e a homogeneização do noticiário e de seus enfoques além de um veículo de comunicação copiar o outro, e que tem como resultado final noticiários idênticos e enfadonhos, uma “mesmice” jornalística.

    Precisamos de um jornalismo que se preocupe, essencialmente, com o direito à informação, a realidade complexa, o debate plural de idéias e versões, a multiplicidade de linhas de pensamento, os valores dos direitos humanos e da justiça social. São jornalismos que se preocupam, acima de tudo, com a ética construção da cidadania.  Preocupação que é observada no editorial (2007) : 

    Na guerra de informações, autêntico vale-tudo onde todos aferram-se às suas indignações, arrogâncias e a missão esclarecedora do jornalismo parece inteiramente esquecida:  David Kelly, especialista em guerra biológica, suicidou-se porque foi apontado publicamente como a fonte de uma reportagem radiofônica da BBC que denunciou o governo inglês de ter "esquentado" o relatório do serviço secreto inglês para justificar a invasão do Iraque. Em fevereiro de 2007, foram divulgadas as conclusões do lorde-juiz Brian Hutton. Pelo relatório, o governo foi inteiramente inocentado e a BBC, considerada modelar em matéria de imparcialidade e independência, acusada em toda a linha. Até mesmo a vítima do confronto, o suicidado David Kelly, foi considerado culpado por ter falado para um órgão de comunicação sem autorização dos superiores.
     (Editorial de 19.02.2007. Observatório da Imprensa on line[1])





    O JORNALISMO ON-LINE
    O jornalismo on-line é uma maneira democrática de circulação de informação, de fatos e notícias: este é o  maior ganho para o usuário. A imprensa como se conhecia, deixou de existir e o  reinado do chamado quarto poder acabou. Todo mundo informa a todo mundo. Hoje em dia qualquer pessoa pode disponibilizar na rede suas opiniões e publicar notícia, competindo assim de igual para igual com as grandes potências jornalísticas. A web  2.0 é construída por todos nós , e não há volta. Entretanto este novo ´proceder traz um problema: as erratas. Muitas vezes, pela velocidade como querem colocar as notícias on-line esta sai com informações erradas ou de fontes não confiáveis.
    Trazendo um pouco de história: quando apareceram os primeiros jornais on-line era apenas a transposição de suporte, do papel para o formato html, contudo já foi muito interessante poder ter acesso a jornais e boletins que antes seria praticamente inviável, acesso diário e permanente. O jornalista, reportes e redatores ganharam espaço,  não é mais necessária a rigidez em número de palavras na edição. Tudo isto surpreendeu o usuário que também foi descobrindo aos poucos a potencialidade da ferramenta: áudio, vídeo, animações e  a interação que coloca o ponto final na imprensa tradicional. Além disto o usuário tem a possibilidade de comparar opiniões sobre o mesmo assunto e pesquisar o que lhe agradar, sem custo adicional algum.
      ...  ¤°.¸¸..´¯`»Katty Rasga






    A IMPRENSA MARROM

    Imprensa marrom é uma expressão pejorativa utilizada para se referir a veículos de comunicação (principalmente jornais, mas também revistas e emissoras de rádio e TV) considerados sensacionalistas, ou seja, que buscam elevadas audiências e vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos, sem compromisso com a autenticidade.      http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa_marrom

    As pessoas leem jornais não apenas para se informar, mas também pelo senso de pertencimento, pela necessidade de se sentirem partícipes da história cotidiana e poderem falar das mesmas coisas que “todo mundo fala”. O ato de ler um jornal e de assistir a um programa também está associado a um ritual que reafirma cotidianamente a ligação das pessoas com o mundo (AMARAL, 2006, p. 59). 

    Segundo Amaral (2004), para ser consumido, o jornal precisa conhecer minimamente os gostos, a linguagem, a estética e os estilos de vida de seus leitores. 

    Para elevar o número de vendagens, é de característica dos jornais populares utilizar tabus como: violência, fetiche, perversões, morte, voyeurismo, sadomasoquismo e homossexualismo, para chamar atenção do leitor. O que determina o grau do sensacionalismo é, principalmente, a linguagem que os jornais usam para abordar esses assuntos.  



    O termo sensacionalista se refere às ações narrativas que buscam provocar sensações com o objetivo de atrair o leitor. E, no jornalismo, especificamente, essas ações indicam audácia, irreverência, questionamento e, muitas vezes, a inversão da realidade, erro na apuração ou imprecisão no que diz respeito ao conteúdo das informações. 

    A imprensa sensacionalista não tem como principal objetivo informar, mas sim, satisfazer às necessidades instintivas do público, por meio de formas sádicas, grotescas, chamativas, apelativas, emotivas e sensacionais. É um jornalismo que emite sensações ao leitor, através de efeitos visuais imediatos, podendo ser, também, um efeito textual, sugerido de acordo com a narrativa impressa.  


    Por que as pessoas vão atrás desses programas, jornais? No rádio, na TV, jornal e revista  impresso, na web?



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    Informação X Opinião
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    Informação X Opinião: um paradigma verdadeiro Lia Seixas

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    O jornalismo sensacionalista
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    ATRATOR ESTRANHO - Imprensa sensacionalista  por Ciro Marcondes Filho


    Sensacionalismo na televisão (ética)





    Segundo discussão no Congresso Intercom (2008): "O telejornal sensacionalista não trabalha só com a violência, lida também com conteúdos familiares e corriqueiros na vida das pessoas comuns. E é a partir desse envolvimento que as matérias apresentadas estimulam as pessoas e as carregam para dentro da ação, como participantes da cena, às vezes como vítimas ou sobreviventes. O que não pode faltar é ideia de participação, de espelhamento, de vivência daquilo que está sendo veiculado. 

    As características desse tipo de telejornal acabam possibilitando ao apresentador ser uma espécie de núcleo jurídico, no qual ele tem ao mesmo tempo a função de advogado, promotor e juiz. E isso torna-o, na maioria das vezes, em “uma pessoa carismática”, alguém que se preocupa e defende os mais necessitados, os humilhados, que sabe o que fazer para acabar ou amenizar os problemas sociais O nível de informação desses telejornais é questionável, visto que a opinião do apresentador e sua postura fazem parte do plano central do programa. Isso acaba gerando nos telespectadores a ideia de estar a par dos acontecimentos.

    A edição de um telejornalismo sensacionalista não pode ser a mesma de um telejornal tido como convencional. O repórter tem que provocar emoção. A edição não pode cortar a imagem da mãe que chora desesperada a morte de sua filha. É preciso ouvi-la para que conte em detalhes como o crime ocorreu. E esse tom escandaloso e chocante na produção de noticiário que extrapola o real é que “sensacionaliza”.
    “Quando o jornalismo emociona mais do que informa, embora seja legítimo que as narrativas de TV comportem a emoção e despertem sentimentos, tem-se aí um problema ético, que é a negação da sua função de promover o debate das idéias no espaço público”. (Bucci, 2002, pp.144-145).


    RECORD ACUSA GLOBO DE PARCIALIDADE



    Elementos típicos de um programa sensacionalista:  Música de fundo, efeitos sonoros, enquadramentos fechados de câmaras, repetição de palavras durante o relato, inserção de depoimentos emocionados ao vivo, interação com o público (enquetes na rua, telefone, e-mail), prioridade aos temas locais, violência, mazelas da população, vida dos famosos, etc.

    Para Adorno,que defende a ideia de "Cultura de Massa", a indústria cultural não apenas adapta seus produtos ao consumo das massas, mas, em larga medida determina o próprio consumo, caracterizando dessa forma a partir de todos os elementos, um mundo industrial moderno. Nos programas sensacionalistas, a notícia (principalmente sobre violência) às vezes ultrapassa o sinônimo de mercadoria e transforma-se em um objeto de desejo e consumo cada vez mais procurado por quem assiste a esses programas.

    Citando as palavras de Jaime Patias: A violência consumida através do telejornal faz parte e ao mesmo tempo é alimentada pela violência real que ronda as nossas cidades. (Comunicação e sociedade do espetáculo, 2006, p.94).

    Dessa maneira a indústria cultural vai “ganhando” seu espaço e as pessoas vão se tornando consumidores do sensacionalismo promovido (conscientemente) pelo próprio veículo de comunicação.

    É a partir da constante procura de informações sobre violência que se alimentam os telejornais sensacionalistas. De acordo com Mauro Wolf: Quanto mais expostas as pessoas são a um determinado assunto, mais o seu interesse aumenta e, à medida que os interesses aumentam, mais as pessoas se sentem motivadas para saberem mais acerca dele. (Mauro Wolf, 1992, p.35).

    Os telejornais sensacionalistas podem ser considerados mais um produto da cultura de massa no sentido da crítica elaborada por Adorno e Horkeimer, no qual acontecimentos transformados tornam-se produtos de consumo e isso faz com que a notícia como mercadoria seja altamente perecível, por isso o seu valor cai aceleradamente, demandando um processo contínuo de busca apresentação de novas mercadorias, contribuindo para ao acúmulo de imagens e espetáculo sempre renovados. A sociedade do espetáculo descrita por Debord ajudou a esclarecer sobre o telejornalismo que informa enquanto faz espetáculo, questionando todo o modelo de jornalismo moderno."






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    FOTO JORNALISMO
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    "No jornalismo, o editor da imagem, como profundo conhecedor de seu público alvo, escolhe a foto que melhor se enquadra ao fato jornalístico, dramatizando a cena com cores mórbidas ou rotulando com metáforas e afins.
    Deste modo, a imagem pode sofrer os mais diversos tipos de interpretações e sensações pela indução do texto de chamada. Esses textos podem ser classificados como:
    1. Leitura de evasão: feita para não pensar;
    2. Leitura de aprendizagem: onde o prazer de leitura pode ser intelectual
    3. Leitura de cultivo de espírito: feita para reflexão.
    Metáforas aplicadas à leitura de evasão são para prender, chamar, desprender ou transportar.


    Detalhe de uma das capas do Notícias Populares de 02/08/1990. Jornal conhecido pelo sensacionalismo jornalístico."

    SUGESTÃO PARA LEITURA: O JORNALISMO SENSACIONALISTA
    MANIPULAÇÃO DE IMAGENS


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    O jornalismo na web
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    O jornalismo em papel pode desaparecer se os jornais deixarem de se necessários. Segundo Peruzzo (2003): "Quando falamos de jornalismo na web, logo pensamos que é alternativo, mas não, pois existem muitas agências de notícias via internet."


    O JORNAL IMPRESSO VAI ACABAR?

    SUGESTÃO PARA LEITURA: 
    Texto 1 

    Texto 2

    Texto 3 

    Texto 4

    Veja porque o IPad nunca substituirá o jornal 

    Jornalismo na internet: a convergência chegou faz tempo 




    Jornalismo na internet: texto velho, como no impresso 




    Jornalismo na internet: incerteza nas redes sociais 





    Essa  maneira alternativa de fazer  jornalismo  vem mostrando a cara nos blog que se proliferaram na internet. Este jornalismo não chega a  contrapor-se ao jornalismo oficial, como contrapõe-se ao jornalismo-espetáculo, comandado pelos Ibopes.

    Os gêneros mais valorizados são livres e opinativos, como a crônica, o artigo polêmico, mantém estreitas as relações com a política e a economia.   Antes da democratização,  para fazer o jornalismo alternativo,   era preciso burlar as regras, e mostrar a realidade, ir contra o regime ditatorial. Depois perdeu o caráter fundamental e passou ser visto de uma outra maneira.   É importante salientar que a era alternativa ocorreu durante os anos da ditadura militar, período em que a imprensa assumiu posições políticas e ideológicas, o que reforça a proposta desde trabalho.

    Mas novas gerações aprendem que coragem e rebeldia são incompatíveis com o atual estágio da imprensa brasileira, na qual prolifera a praga do jornalismo de serviços, de entretenimento.

    Por enquanto, na ausência de rebeldias, a única estética é a do desencanto.  Mas é preciso observar que os processos de fazer comunicação estão se diluindo por todo o ambiente social, criando novas referências e novas fontes de difusão de informação e conhecimento.  



    [1] Observatório da Imprensa.  http://www.tvebrasil.com.br/observatorio/arquivo/principal_040217.asp
    [2] Coordenado pelos economistas Jesse Shapiro e Matthew Gentzkow, o estudo analisou jornais diários dos EUA para tentar descobrir que fatores incentivam o comportamento da mídia.
    [3]Bernardo Ajzenberg, Jornalista,  escritor e ombudsman da Folha.
    [4] Michael Gartner Ganhador do Pulitzer Prize, presidente do NBC News  e dono e editor do  Daily Tribune in Ames, Iowa. 


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    PARCIALIDADE E IMPARCIALIDADE: IRMÃS BRIGUENTAS
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    EM CONSTRUÇÃO

    A IMPRENSA NO BANCO DOS RÉUS

    FALTA DE ÉTICA NO JORNALISMO CASO ESCOLA DE BASE





    OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

    IMPRENSA E O CASO ELOÁ

    Convidados:RJ - Sylvia Moretzsohn
    SP - Renato Lombardi

    Assista ao programa na íntegra
    bloco 1 bloco 2 bloco 3








    Trechos do depoimento da professora Imaculada Pereira, da escola estadual de Ensino Fundamental Canudo do Val (SP) onde relata sua experiência com jornal escolar no Programa Escrevendo o Futuro.
    Duração: 2 minutos.






    PARA SABER MAIS:



    O TRABALHO DO JORNALISTA

    GÊNERO É PODER




     

    NOTÍCIA


    If a dog butes a man, tha’s no new; if a man bites a dog, that’s new’
    (CUNHA, 1990: 11)

     



    É tarefa da escola proporcionar ao aluno o conhecimento e desenvoltura para ler o gênero notícia.

    Perder a inocência; refletir para tomar partido; ter opinião por conhecer.

    Nossa!!! Quantas possibilidades temos na mão, não é? O jornalismo (impresso, radiofônico, online ou televisivo) é  instrumento muito rico, que proporciona inúmeras versões, reflexões sobre o mesmo tema,  e pode fortalecer muito nosso trabalho em sala de aula, principalmente no que se refere a formação de cidadãos críticos e participativos.

    O trabalho de levar notícias para sala de aula, refletir sobre as várias facetas de uma mesma notícia em jornais diferentes, ouvir a opinião dos alunos, instigá-los a analisar e ver as intenções, a escolha dos léxicos, das imagens, a manipulação dos dados, ou não; parcialidades ou não, (geralmente com temas que estão bombando no momento) faz com que, junto com nossos alunos, estejamos atualizados sempre e, principalmente implementar nossa atuação: mediadores da construção do conhecimento e aprendizes eternos.  

    Alunos mais antenados, críticos, sabendo o que estão lendo e o quê tanto pode existir por trás dessas notícias e reportagens.

      ...  ¤°.¸¸..´¯`»Katty Rasga


     


    CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO


    • A notícia é composta de duas partes: a manchete e o texto.
    • Inicia com uma manchete objetiva (Verbo sempre no presente) que resume a notícia em poucas linhas (2 a 3) e tem o objetivo de atrair o leitor para ler o texto.  
    • Este gênero se caracteriza pela objetividade, brevidade e é redigido na 3ª pessoa.


    Seguindo o Modelo de Lasswell, toda notícia deve responder a seis questões básicas:
    QuemO quêOndeQuandoPor quêComo?  Essas questões costumam ser respondidas logo no primeiro parágrafo da reportagem, formando assim o chamado Lead da matéria.

    Lead: primeiro parágrafo


    1. Quem?
    2. Onde?
    3. Quando?
    4. Por quê?
    5. Como?


    Corpo do texto: descrição pormenorizada dos fatos ocorridos, o que está por trás, quais foram as possíveis consequências.

    Em algumas reportagens de revistas e jornais (em sites parece ser mais difícil de encontrar) sobre o título há uma pequena informação, geralmente uma frase curta relacionada ao assunto. Essa frase é chamada de Chapéu.

    Logo abaixo do título, antes do parágrafo introdutório da matéria, há outro parágrafo com o objetivo de ambientar o leitor ao assunto tratado. A esse parágrafo, damos o nome de Sutiã (visto que ele "sustenta" o título, tal qual o sutiã sustenta os seios).

    olho é um trecho do texto destacado no meio da página. Esse trecho pode ser uma declaração marcante de alguém envolvido com o assunto ou uma informação que merece algum destaque. O que a caracteriza é que ela é destacada com aspas ou em itálico, e colocada num ponto da página que o destaque visivelmente ou graficamente.


    Toda notícia tem: público alvo (perfil de leitor) e suporte lingüístico (fonte). 

    Ela pode ser imparcial, ou seja não emite a opinião da equipe jornalística, ou emitir pontos de vista, direta ou indiretamente: através de adjetivos, substantivos e palavras que emitem juízo.

    Para analisar uma notícia:
    •          Quem escreveu – enunciador (posição social)
    •          Para quem  - leitores potenciais (posição social)
    •          Quando  foi escrita
    •          Onde foi publicada
    •          Porque – Qual o seu objetivo
    •          Onde ele circula?
    •          Qual o suporte?


     



    Análise a pequena notícia a seguir.
    Escorpiões assustam Vila São José
    Os moradores da Vila São José, no Ipiranga, estão assustados com o grande número de escorpiões que têm sido encontrados na região. Eles também se indignaram com a sugestão de um técnico da Vigilância de Saúde da Subprefeitura do Ipiranga que aconselhou a população a espalhar galinhas pelas ruas para resolver o problema. Os moradores acreditam que a proliferação tenha começado em um terreno onde havia uma casa abandonada.
    (“Ipiranga News” - 28/10 a 3/11/2004)


    Assunto: Pelo assunto e pelo nome do veículo de imprensa, percebe-se que se trata de um jornal de bairro, destinado a uma comunidade particular de leitores - os moradores do Ipiranga, bairro da cidade de São Paulo.
    A estrutura da notícia: Veja que a notícia se estruturou em apenas dois parágrafos. O primeiro - chamado de "lide" - sintetiza os dados principais: quem, onde, o quê. Se o leitor ler apenas esse parágrafo, já fica sabendo se quer ou se precisa continuar a ler a notícia. A leitura de um jornal é seletiva, isto é, o leitor escolhe o que quer ler, por isso, não precisa ler tudo que está escrito no jornal para se informar. É bem diferente da leitura de outros gêneros como, por exemplo, um conto, um romance, cuja leitura integral é obrigatória para sua compreensão.

    Na notícia do jornal "Ipiranga News", os dados do lide são:







  • quem: os moradores da Vila São José;
  • onde: na Vila São José, Bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo;
  • o quê: moradores assustados com a quantidade de escorpiões na região.

    O segundo parágrafo "expande a notícia", isto é, dá mais detalhes a respeito do fato:

  • os moradores estão indignados com a Vigilância Sanitária da SubPrefeitura, que sugere que eles criem galinhas, como forma de resolver o problema da proliferação dos escorpiões;
  • os moradores têm uma explicação para o aumento dos escorpiões: uma casa abandonada.

    Linguagem coloquial:  A linguagem do jornal é, preferencialmente, coloquial (próxima à maneira como falamos). Isso acontece intencionalmente, como forma de se aproximar e se adequar ao leitor, ao buscar uma comunicação mais eficiente.

    Imparcialidade?: Outra característica da linguagem jornalística é sua tentativa de mostrar imparcialidade, neutralidade sobre aquilo que relata. Veja que o jornalista do "Ipiranga News" pretende se mostrar imparcial, apresentando distanciamento do fato. Essa aparência de imparcialidade é conseguida por:

  • ausência de enunciados de opinião. Há fatos, acontecidos com outros e que não têm nada a ver com o jornal, como em "Os moradores também se indignaram...";
  • privilégio do uso de terceira pessoa ("os moradores", "eles");
  • não uso de adjetivos que possam dar impressão de subjetividade, de interferência da opinião do jornalista. Não se admite, por exemplo, uma notícia que fale em um homem velho, em prédio alto, bairro distante. Para dar impressão de que os fatos são relatados com a maior precisão possível uma notícia informa, por exemplo: homem branco, 85 anos; prédio de doze andares; bairro da periferia da cidade de São Paulo etc.;
  • a busca de exatidão faz com que se privilegiem os verbos no modo indicativo: "estão assustados", "têm sido encontrados", "se indignaram", "aconselham", "acreditam", "tenha começado", "havia".

     




    O que é notícia?

    Poema tirado de uma notícia de jornal

    João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
    Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
    Bebeu
    Cantou
    Dançou
    Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
    (Manuel Bandeira. "Poesia completa e prosa". Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983)

    Pode-se perceber que o poema dialoga com a notícia e que o fato - a morte de uma pessoa - poderia mesmo ser uma notícia de jornal. Mas o que Manuel Bandeira escreve não é uma notícia, mas um poema em que mostra uma contradição da vida brasileira: ficar famoso, para alguns, acontece somente quando isso é tragédia...


    Agora, voltemos à história do escorpião.

    Perigo à vista

    Na bonita manhã de sol da segunda-feira, seu Joaquim, morador mais antigo da rua Jurupá, foi comprar pão na padaria. Encontrou-se com Dona Maria que também estava saindo para o trabalho e foram conversando sobre os preços absurdos de tudo, nos dias atuais. No caminho encontraram dois escorpiões, perto da casa abandonada, cujo dono havia morrido há muito tempo e, porque o inventário nunca acabava, ninguém conseguia vender ou alugar o imóvel. Esse fato foi motivo para mais conversa sobre ‘o fim dos tempos’ da vida moderna.
    Dona Nenê, vizinha de seu Joaquim, quando lavava roupa, num certo dia, também encontrou escorpiões em seu quintal. Foi um alvoroço só… Mas o problema maior foi quando um escorpião picou uma das filhas do seu Agenor. Ele, indignado, na volta do hospital, chamou a Vigilância Sanitária. Os técnicos sugeriram que uma boa forma de acabar com os escorpiões era criar galinhas. Que fazer?

    Veja que, embora o assunto seja o mesmo da notícia extraída do "Ipiranga News", não se pode considerar o texto acima uma notícia. 

    A organização textual, por exemplo, é muito diferente de uma notícia. Vejamos algumas diferenças.

    Sequência do textoLinguagem
    Escorpiões assustam 
    Vila 
    São José
    Do fato mais 
    importante para 
    os detalhes
    Objetiva
    Procurando ser neutra
    Perigo à vistaSequência temporal
    da narrativa, 
    cujo acontecimento 
    principal está diluído 
    no texto
    Detalhada na construção
    das personagens e 
    do cenário. Cada 
    elemento ajuda 
    a compor o enredo.

    Em uma notícia, os eventos não são ordenados por sua sequência temporal como em uma história, ou seja, o jornalista não tem a pretensão de relatar os fatos na ordem em que, supõe-se, ocorreram. Os eventos são apresentados pelo interesse, na perspectiva de quem conta e, principalmente, pelo que o leitor/ouvinte/telespectador/internauta pode considerar mais importante. É evidente que quem informa faz uma seleção prévia dos eventos a serem destacados, relatando-os em função do evento principal e da ideologia do jornal.

     




    Conceito de notícia 

    Relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante. A estrutura da notícia é lógica; o critério de importância e interesse envolvido em sua produção é ideológico: atende a fatores psicológicos, comportamentos de mercado, oportunidades, etc..


    Para Lage, "por mais que informe ser imparcial, ou que afirme traduzir com exatidão a veracidade dos fatos, a imparcialidade absoluta numa notícia é impossível, pois o redator tem que escolher o que vai contar - que acontecimentos, dentre outros, pode se transformar em uma notícia que venda mais. Determinado "o quê", ainda há "o como", isto é, como atingir o leitor de maneira mais direta, o que implica uma determinada seleção de vocabulário, destaque para o tipo de letra, tamanho da notícia, lugar em que a notícia vai aparecer no jornal, abordagem etc... :" (Nilson Lage. "A estrutura da notícia". São Paulo: Ática, 1993) :

    É necessário compreender que o jornalismo não retrata nem cria fatos, e sim constrói visões dos fatos. O jornal legitima uma opinião sobre os fatos, a depender de sua linha editorial, dos leitores que quer atingir. Nesse quadro, a notícia é uma construção de visões e não os fatos em si. 

     

    COMPARANDO NOTÍCIAS EM DIFERENTES MÍDIAS

    Comparação qto a
    Televisão
    Rádio
    Jornal impresso
    Revista impressa
    Jornal on-line internet














    Interação
    Interação emissor-receptor: de um para muitos, o telespectador é passivo.
    Interação emissor-receptor: de um para muitos. O telespectador tem a possibilidade de se manifestar por meio de e-mails, telefone.Ouvinte é passivo.
    Interação emissor-receptor: de um para muitos. O leitor pode ler quando quiser, se manifestar através de e-mails, cartas. Leitor é passivo.
    Interação emissor-receptor: de um para muitos. O leitor pode ler quando quiser e se manifestar através de e-mails, cartas .  Leitor é passivo.
    Interação emissor-receptor: de um para muitos. O leitor pode se manifestar através de e-mails, cartas ou deixar sua opinião em espaços destinados à opinião do leitor e que podem ser comentados ainda por outros leitores.  Leitor é um pouco mais ativo.











    A Notícia
    Perecível, espectador dependente da programação da TV.
    Perecível, espectador dependente da programação do Rádio.
    Perecível. A expectativa do leitor é para novas informações a respeito de um mesmo acontecimento e ou novos fatos.
    Permanente. Artigos, entrevistas, relatos e reportagens completas.O leitor poderá ler e reler, fazer uma leitura rápida ou demorar-se nos artigos de maior interesse e na ordem que melhor lhe convier.
    Mais dinâmico; Permanente; o leitor pode obter muitas informações na página de entrada; Permanente. O leitor poderá ler e reler, fazer uma leitura rápida ou demorar-se nos artigos de maior interesse e na ordem que melhor lhe convier; manchetes variadas.


    Linguagem
    Linguagem mais informal
    Linguagem mais informal
    Linguagem mais formal
    Linguagem mais formal
    Linguagem mais informal




    Seqüência do relato
    Balizada  pelo interesse do telespectador
    Balizada pelo interesse do ouvinte
    Balizada por interesses da  opinião pública, do jornal, da política e do setor econômico. As seções atendem aos diferentes 
    Balizada por interesses da  opinião pública, do jornal, da política e do setor econômico.
    Balizada por interesses da  opinião pública, do jornal, da política e do setor econômico.

    Chamadas

    Presença de chamadas

    Presença de chamadas

    Ausência de chamadas

    Ausência de chamadas

    Ausência de chamadas

    Som e Imagem
    Presença de som e imagem animada e, por vezes inanimada
    Presença de som,  Ausência de imagem
    Presença de som e imagem inanimada
    Presença de som e imagem inanimada
    Presença de som e imagem animada e, por vezes inanimada m





    Profundidade da matéria




    Pouca ou média profundidade.




    Depende do horário  Jornal e da emissora.
    Grande profundidade em jornais de grande porte, com comentários e opiniões. Pouca ou média profundidade em jornais populares 
    Grande profundidade em revistas de grande porte, com comentários e opiniões. Pouca ou média profundidade em revistas de “brevidades”
    Com baixa, média e grande  profundidade dependendo do assunto

    Rapidez

    Rapidez relativa

    Rapidez relativa 
    Lento na veiculação de notícias

    Muito lenta.

    Muito rápida
                  SEE/PUC. Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade, 2006.

     




  • REFERÊNCIA:
    ARBEX JR., JOSÉ. Showrnalismo – A notícia como espetáculo. São Paulo, Casa Amarela, 2001.
    Caldas.  Graça. Por um jornalismo crítico e cidadão. Artigo publicado pelo site do “Observatório da Imprensa” – 20/10/1999. in  www.observatóriodaimprensa.com.br

    CUNHA, Albertino Aor da. Telejornalismo. São Paulo: Atlas, 1990.

    MARSHALL, Leandro. O jornalismo na era da publicidade: a transgenia das linguagens na pós-modernidade. Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo, 2000.

    BERTHIER ,Camilla Afonso e  SILVA, Paola. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.5, n.2, Pub.1, Abril 2012

    NERY, Alfredina.  Pedagogia e Comunicação é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua/linguagem/leitura. Educação UOL -  Especial para a Página 3. IN  http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/redacao---noticia-a-estrutura-do-texto-jornalistico.htm


    Material do Curso Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade. PUC / SEE 2007.


    Tubo de Ensaio http://www.fafich.ufmg.br/tubo/producao/papeljornal/2apagina/o-jornal-e-o-leitor-uma-questao-de-identidade/

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