sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Trabalho por projetos

Os Projetos de Trabalho (Veja a entrevista com Hernández) permitem ao educador ultrapassar os limites do ensino por simples transmissão de conhecimentos, transferindo a responsabilidade do processo de construção do saber ao próprio aluno. É o aluno que assume o controle sobre sua aprendizagem, ao professor cabe a função de coordenar e articular a interação entre teoria e prática, entre o projeto político pedagógico da escola e a perspectiva desenhada pelo aluno.

A aprendizagem por projetos é uma atualização do “método de projetos” formulado por William H. Kilpatrick (1918) a partir das idéias de John Dewey.

“O termo Projeto tem sido quase uma palavra de ordem, no cotidiano escolar, porém, temos percebido que falta um pouco mais de reflexão a respeito dessa metodologia de trabalho. Propomos neste artigo refletir sobre este tema tão difundido sobre essa organização curricular na escola. Associando a idéia de mudança da postura didático-metodológica, pretendemos assim articular a idéia de escola ao nosso mundo globalizado, na tentativa de proporcionar aos educadores (e estudantes) essa colaboração que possa auxiliá-los a esclarecer um pouco mais sobre o assunto...Não há um consenso único sobre projeto como método de ensino ou como estratégia pedagógica. Este assunto, assim como todos os assuntos que partem dos conhecimentos das humanidades estão e estarão em constantes reflexões e construções, pois nós também estamos sendo construídos como sujeitos sociais e históricos a cada segundo...” A Banalização Do Termo “Projeto” No Cotidiano Escolar: Clarisse Massa e Andréia Massa


"Com a difusão da transdisciplinaridade na Educação, o Método de Projetos vem se destacando como o que melhor responde aos requerimentos dessa visão. No entanto, o seu uso adequado requer um marco conceitual (re)significado pelo professor que adota tal método. Esse método divulgado no Brasil pela Escola Nova tem sido (re)interpretado e também utilizado por docentes que se pautam por outros referenciais, como, por exemplo, os da Pedagogia Crítica. Nesse ressurgimento do interesse por esse método, também se percebe a abordagem simplista que omite a teoria pedagógica que o acompanha, passando-se a direcioná-lo pelo senso comum o que leva à reprodução do sistema social." Pedagogia ou Método de Projetos? Akiko Santos

“... Os professores que trabalham com projetos usando computador e propõem projetos para os alunos executarem estão praticando o ensino por projetos, uma forma equivocada de achar que estão trabalhando com projetos de aprendizagem. Quando um professor elabora um projeto para ser executado pelos alunos este não pode ser considerado dos alunos, mas, sim, do professor...A aprendizagem por projetos deve ser uma oportunidade para que os alunos possam pensar e julgar por si, desenvolvendo o pensamento, a autonomia e a criatividade..." Aprender por Projetos, Formar Educadores: Pedro Ferreira de Andrade: Apresentação (ppt) ... Texto completo

“... Os projetos se constituem em planos de trabalho e em um conjunto de tarefas que podem proporcionar uma aprendizagem em tempo real e diversificada. Além de favorecer a construção da autonomia e da autodisciplina, o trabalho com projetos pode tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico, significativo e interessante para o aprendiz, deixando de existir a imposição dos conteúdos de maneira autoritária. A partir da escolha de um tema, o aprendiz realiza pesquisas, investiga, registra dados, formula hipóteses, tornando-se sujeito do seu próprio conhecimento...” Pedagogia de Projetos: Jacqueline D. Simões

“Os Projetos de Trabalho contribuem para uma (re)significação dos espaços de aprendizagem de tal forma que eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. (Hernandez, 1998)" Pedagogia de Projetos

FERNANDO HERNANDEZ

Reorganizar o currículo por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa é a principal proposta do educador espanhol fernando Hernández. Ele se baseia nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.

Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar. "Comecei a me questionar em 1982, quando uma colega me apresentou a um grupo de docentes", lembra. "Eles não sabiam se os alunos estavam de fato aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para responder a essa inquietação, descobrimos que o melhor jeito é organizar o currículo por projetos didáticos".

O modelo propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a sujeito do processo.

É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto - a escolha pode ser feita partindo de uma sugestão do mestre ou da garotada. "Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto", diz Hernández.

Hernández alerta que não basta o tema ser "do gosto" dos alunos. Se não despertar a curiosidade por novos conhecimentos, nada feito. "Se fosse esse o caso, ligaríamos a televisão num canal de desenhos animados", explica. Por isso, uma etapa importante é a de levantamento de dúvidas e definição de objetivos de aprendizagem. O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos - isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, defina os problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplinas(s). Nunca o inverso.

É importante frisar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos são apenas uma delas. "É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações", explica Hernández.

Para Hernándes a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem, porém todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos para não perder o taco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão dos trabalhos.

Para  Hernández o professor intera ação numa proposta pedagógica de currículo e projetos didáticos, onde insere o aluno como um pesquisador, sujeito transformador de uma sociedade, em seu meio. Para responder a essa inquietação, o melhor jeito é organizar o currículo num projeto de trabalho na definição de objetivos da aprendizagem.
0 projeto de trabalho avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos. Isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela participação, definição e pesquisas em trabalho em grupos, individual, seminários a levantamento de dúvidas. O projeto estabelece metas e avança mediante respostas. O aluno passa de sujeito passivo a sujeito do processo.
O professor determina o assunto entre a garotada, a pesquisa, estabelece objetivos insere as metas e acompanha o desenvolvimento do aluno como sujeito do processo.
O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e faz anotações.
As anotações e registro feito pelo aluno estabelecem uma comunicação de integração e desenvolvimento do aprendizado. O professor estabelece limites e metas a conclusão de trabalhos inseridos no contexto à conteúdos curriculares.
“É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações”, explica Hernández”.