quinta-feira, 30 de agosto de 2007

TURBINANDO 5 - Roxane Helena Rodrigues Rojo

"O Que se Deve Fazer é Ensinar às Crianças a Linguagem Escrita e Não Apenas a Escrita de Letras"


"(..) A escrita deve ser `relevante à vida'(...),
deve ter significado para as crianças, uma
necessidade intrínseca deve ser despertada
nelas e a escrita deve ser incorporada a uma
tarefa necessária e relevante para a vida. Só
então poderemos estar certos de que ela se
desenvolverá não como um hábito de mão e
dedos, mas como uma forma nova e complexa
de linguagem" (VYGOTSKY,
1935, p.133).

"(..) Métodos naturais de ensino da leitura e da
escrita implicam operações apropriadas sobre o
meio ambiente das crianças. Elas devem sentir a
necessidade do ler e do escrever no seu
brinquedo." (op. cit., p.134).

As implicações práticas de VYGOTSKY , segundo Roxane Rojo, incorporam,quatro pontos fundamentais para a elaboração de intervenções pedagógicas que poderíamos enunciar como:

I. A escrita construída em interação com a criança deve ser motivada: relevante para a vida, necessária para a atividade em curso, desejada pela criança.

II. A escrita construída em interação com a criança deve ser uma prática, um uso significativo de leitura e produção de textos, mais do que um ensino ou uma técnica.

III. Como tal, ela deve constituir-se como discurso (texto) significativo,inserido numa situação de produção significativa, formatado num gênero, ao invés de manipular letras, sons e palavras.

IV. Os diversos discursos escritos (gêneros) construídos em interação com a criança devem ser pensados em sua transição, num processo contínuo de construção social.

SCHNEUWLY (1994) e SCHNEUWLY e DOLZ , propondo os gêneros como grandes instrumentos para a aprendizagem do texto escrito, sugerem uma complexificação dos gêneros que vá organizar um currículo numa progressão discursiva, onde todos os tipos de texto (narrativos, expositivos, argumentativos)
devem ser construídos das suas formas concretas (gêneros) mais primitivas e simples para as mais complexas e tardias.

Poderíamos entender desta maneira o que VYGOTSKY está sugerindo, no item IV, sobre caber ao educador organizar esta transição. Mas esta discussão pode também acrescentar ainda três novos pontos a nosso "decálogo":

V. A socioconstrução dos diversos modos de discurso escrito (gêneros), negociada na interação, deve sempre ser informada por uma situação de produção clara, explícita e, se possível, real ou realista.

VI. A socioconstrução dos diversos modos de discurso escrito (gêneros), negociada na interação, deve levar em conta diferentes tipos de discurso e organizar-se dos gêneros mais simples para os mais complexos.

"(...) Em resumo, uma abordagem vygotskiana do
desenvolvimento da linguagem [escrita] deve se
colocar questões e intervir ao menos em três
níveis: no nível da análise das práticas sociais
de escrita e da definição da atividade discursiva;
no nível de suas origens interpsicológicas (préhistória
da escrita, situações de comunicação por
escrito, relação com a linguagem) e no nível
56
das mediações semióticas das atividades
discursivas que permitem seu controle e sua
transformação." SCHNEUWLY (1985, p.
201).

Ref.: "Garantindo a Todos o Direito de Aprender": Uma Visão Socioconstrutivista da Aprendizagem de Linguagem Escrita no Ensino Básico de Roxane Helena Rodrigues Rojo

domingo, 26 de agosto de 2007

WEBQUEST

NOVIDADE: WEBQUEST é uma atividade de aprendizagem que aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na Web.O conceito de webquest foi criado em 1995, por Bernie Dodge, professor da universidade estadual da Califórnia, EUA, como proposta metodológica para usar a Internet de forma criativa.Dodge a define assim: "Webquest é uma atividade investigativa, em que alguma ou toda informação com que os alunos interagem provém da Internet."Consulte os sites abaixo para saber mais. http://www.webquest.futuro.usp.br/como/comocriar.htmlhttp://webquest.sp.senac.br/textos/oque

GÊNERO HQ

Olá pessoal!!!
Novidade: Um programa para criar histórias em quadrinhos (HQs) hagáquê. Para obtê-lo e também o tutorial clique no link:http://www.emack.com.br/info/apostilas/hagaque/saiba_hagaque.php

O Hagáquê foi desenvolvido de modo a facilitar o processo de criação de uma história em quadrinhos por uma criança inexperiente no uso do computador, mas com recursos suficientes para não limitar sua imaginação.
Consulte também o site da Unicamp e veja os vídeos de demonstração:http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

NOTÍCIAS DO CURSO - CONVOCAÇÃO


Ouça o "voice" no lado direito da tela.

O cadastro de todas vocês já está feito e os nossos encontros marcados CONVOCAÇÃO 89/2007
Dia: 06.09.07 quinta-feira
Horário: 8h às 12h

CONVOCAÇÃO 99/2007
Dia: 13.09.07 quinta-feira
Horário: 8h às 12h


Aqui em "Comentário" , deixem um recado para mim (é para saber quem conseguiu chegar até aqui. rsrsrs) .

Aqui vocês têm alguns textos que quero que leiam, e um vídeo sobre Gêneros Textuais muito bom.

[]s carinhosos


NOTÍCIAS DO CURSO - ORGANIZAÇÃO


Este é um dos três cursos que serão oferecidos na Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro. Nos cursos, serão propostas reflexões sobre gêneros de textos como instrumentos de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa.

O CONTEÚDO
"Pontos de vista" é sobre a escrita de um gênero jornalístico, o artigo de opinião. Como você sabe, todos os gêneros de texto propostos abordam um único tema, o lugar onde professores e alunos vivem. Esse gênero pertence à categoria de gêneros argumentativos, isto é, daqueles textos nos quais as pessoas tomam uma posição sobre um assunto polêmico e a defendem, usando argumentos para sustentar a posição tomada.
Ao longo do curso, serão discutidos os elementos mais importantes desse gênero e os resultados obtidos pelos professores e seus alunos que participaram do Prêmio Escrevendo o Futuro com esse gênero.

ORGANIZAÇÃO DO CURSO

O curso está dividido em seis módulos.

Cada módulo terá uma semana de duração e será subdividido em cinco etapas:
Início: orientações sobre o módulo da semana e comentário coletivo do mediador para a tarefa proposta na semana anterior.
Motivação: etapa na qual três professores conversam sobre ensino de leitura e escrita, levantando questões comuns aos professores que trabalham nessa área.
Leitura: sugestão de textos de apoio para a reflexão proposta no módulo.
Reflexão: atividades sobre a discussão aberta pelo diálogo entre as professoras e subsidiadas pela leitura.
Tarefas: última etapa, na qual o participante realiza tarefas que serão publicadas em seu blog.
Dicas da semana - A cada módulo, você ainda encontra sugestões de filmes, livros ou links que ampliam o tema do módulo.

AVALIAÇÃO
Será feita de forma qualitativa, pela análise das tarefas publicadas nos blogs e pela qualidade das participações no Fórum. Também haverá uma avaliação quantitativa das ações dos participantes, que medirá o número de atividades realizadas e de tarefas completadas. Ao final, o participante, que realizar 75% das tarefas propostas, receberá um certificado de participação.


Seqüências didáticas

As seqüências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. As atividades são organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos e envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.

Situação de produção de escrita na escola
É o momento em que o professor organiza as tarefas de leitura e escrita em sala de aula, com o objetivo levar seus alunos a escreverem gêneros de textos para circular na escola e fora dela e a compreender que, ao produzir esses textos, eles vão comunicar idéias, conhecimentos e sentimentos para um conjunto de leitores que incluem o professor, os colegas e pessoas que não pertencem ao universo escolar.

Dizendo de outra maneira, durante uma proposta de situação de produção de escrita, o professor ensina aos alunos que quem escreve precisa saber o que escreve (isto é, que gênero textual escreve), por que e para quem escreve e como seu texto chegará aos leitores, possibilitando que eles compreendam qual é o conjunto de elementos que formam qualquer situação de produção de escrita, seja ela uma situação apenas escolar ou de caráter social mais amplo.

TURBINANDO 4 - Tratamento dos Gêneros textuais em sala de aula

Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais quando mencionam que o trabalho com texto deve ser feito na base dos gêneros, sejam eles orais ou escritos.

É preciso que o professor esteja atento ao que acontece na sociedade e a sua volta, às suas experiências e às dos alunos, para partilhar e aprender com eles sobre os gêneros que estão sendo utilizados nos mais variados contextos, sobre os propósitos comunicativos que os movem e os efeitos pretendidos em cada situação particular, levando sempre em conta o destinatário, ou seja, a quem serão voltadas as atenções do emissor para alcançar os propósitos comunicativos de cada ação que se concretiza na linguagem verbal.

Cabe ao professor propor atividades que promovam a ativação do conhecimento de gêneros estabelecidos socialmente e na comunidade discursiva do aluno, por meio de exercícios de análise e reconhecimento das propriedades comunicativas e formais de cada um, realçando seus efeitos comunicativos, em função dos interlocutores nas situações concretas de comunicação. Para tanto, o professor precisa ter uma base teórica atualizada para orientar a construção de sua prática pedagógica, um conhecimento de teorias que lhes dê os subsídios necessários para promover, sempre que possível, experiências autênticas de uso da linguagem. As atividades de leitura e produção devem oportunizar aos alunos um exercício de reconhecimento e análise de gêneros textuais que circulam na sociedade, muitos dos quais fazem parte do cotidiano deles.

A escola tem a responsabilidade de instrumentalizar os seus alunos para usos autênticos da linguagem. Ensinar o domínio da Língua Portuguesa significa ensinar os alunos a escolherem o gênero adequado a cada situação comunicativa e a usá-lo, com propriedade e segurança, em suas experiências de vida fora da escola.

Referência: adaptação do texto de Carla www.fazendogenero.weblogger.terra.com.br

TURBINANDO 3: DEFINIÇÃO DE GÊNERO

DE ONDE VEM A PALAVRA...

"Gênero" vem do latim generu, que significa família, ou seja, agrupamento de indivíduos ou seres que têm características comuns. Portanto, os gêneros textuais são agrupados por suas semelhanças; nascem de situações de comunicação que ocorrem em uma mesma área de produção de linguagem.

O primeiro do gênero
O filósofo grego Platão (427 aC – 347 aC) foi o primeiro autor a se preocupar em separar as obras literárias em três gêneros: tragédia e comédia (teatro); poesia lírica ou ditirambo (composição poética, que visa festejar o vinho, a alegria, os prazeres da mesa etc., num tom entusiástico e/ou delirante).

Cada situação de comunicação, oral ou escrita, exige uma linguagem própria: sabemos que ao falar com uma autoridade, por exemplo, não nos comunicamos da mesma forma que fazemos quando falamos com nossos familiares. A essas formas de linguagem características de cada situação de comunicação chamamos gêneros do discurso (de texto, textuais, discursivos).

A noção de gêneros discursivos, como instrumento norteador para o ensino de leitura e produção de textos, tem sua base em MIKHAIL BAKHTIN, filósofo russo e estudioso da linguagem. Bakhtin (2000, p.279) define gêneros discursivos como sendo tipos relativamente estáveis de enunciados, presente em cada esfera da atividade humana . Em outras palavras: tratam das formas típicas de enunciados, falados ou escritos, que acontecem em situações e finalidades específicas nas diferentes situações de interação social. Para Bakhtin os gêneros se dicidem em primários e secundários: os primários ocorrem em situações cptidianas e os secundários em situações de comunicação mais complexa (gêneros da área artística, científica, jurídica).

Muitas pesquisas atuais e os PCN indicam que a concepção baktiniana dos gêneros discursivos pode trazer grande contribuição para o desenvolvimento da competência lingüística, textual e discursiva dos alunos.Seguindo-se os PCN (1998, p. 70), o leitor competente necessita ter contato com gêneros que circulam socialmente, assim como reconhecer suas características estruturais.

Segundo Kátia Lomba Bräkling, os gêneros do discurso são um elemento fundamental no processo de produção de textos, porque são os responsáveis pelas formas que estes assumem. Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em algum gênero do discurso, seja uma conversa de bar, uma tese de doutoramento, seja linguagem oral ou escrita. Os gêneros são, portanto, formas de enunciados produzidas historicamente, que se encontram disponíveis na cultura, como notícia, reportagem, conto (literário, popular, maravilhoso, de fadas, de aventuras...), romance, anúncio, receita médica, receita culinária, tese, monografia, fábula, crônica, cordel, poema, repente, relatório, seminário, palestra, conferência, verbete, parlenda, adivinha, cantiga, anúncio, panfleto, sermão, entre outros.

Ainda segundo a autora, [.....]saber selecionar o gênero para organizar um discurso implica conhecer suas características, para avaliar a sua adequação aos objetivos a que se propõe e ao lugar de circulação, por exemplo. Quanto mais se sabe sobre esse gênero, maiores são as possibilidades do discurso ser eficaz.

Os gêneros de texto têm formas estáveis, esperadas, que se repetem em situações de comunicação do mesmo tipo. Quando vamos ouvir um conto de fadas, por exemplo, já sabemos que começará com "Era uma vez...." e que terá personagens e falas próprias desse gênero de texto. Quando lemos uma notícia, sabemos que vamos encontrar o relato de um fato novo e marcante, que sempre começará com uma manchete e seguirá dizendo o que aconteceu, como aconteceu e porque aconteceu esse fato.

Para Marcuschi (1996: p.4), os gêneros textuais são inúmeros, apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição própria. Eles organizam as formas de dizer daquilo que queremos comunicar. Por isso, podemos usar essas formas estáveis para ensinar aos alunos diferentes gêneros de texto que circulam socialmente, ampliando seu poder de comunicação e preparando-os para um melhor exercício da cidadania. Os gêneros são "modos de organização da informação que representariam as potencialidades da língua, as rotinas retóricas ou formas convencionais que o falante tem à sua disposição na língua quando quer organizar o discurso."

O mesmo autor (2002:p.19) concebe os gêneros textuais "como fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social" e acrescenta: "os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia". No entanto, ele adverte que "os gêneros não são instrumentos estanques e enrigecedores da ação criativa", muito pelo contrário, eles se caracterizam "como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos". Marcuschi, ao considerar os gêneros textuais, aborda a imprescindibilidade de tratá-los como fenômenos históricos, relacionados com a vida cultural e social.o autor ressalta que os gêneros surgem, proliferam-se e modificam-se para atender as necessidades socioculturais e às inovações tecnológicas. O autor pontua que: "Os gêneros textuais caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita." (2002: 20) Marcuschi faz a distinção entre gênero, forma concretamente realizada, encontrada nos diversos textos empíricos; e tipo textual, constructo teórico, que abrange categorias determinadas.

Conhecer determinado gênero significa se capaz de prever regras de conduta, seleção vocabular e estrutura de composição utilizadas.

São três os elementos principais que caracterizam o gênero:

- conteúdo temático (assunto, a mensagem transmitida);
- o plano composicional (estrutura formal dos textos pertencentes ao gênero);
- o estilo (leva em conta as questões individuais de seleção e opção: vocabulário, estruturas frasais, preferências gramaticais).

Alguns exemplos de gêneros textuais: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais entre outros.

Esta abordagem teórica, que conduz a uma nova prática de tratamento da linguagem na escola, vem em substituição à classificação tradicional, à trilogia clássica que compreende narração, descrição e dissertação.


TURBINANDO 02: CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS

Devido à extrema heterogeneidade dos gêneros do discurso, Bakthin optou por dividir os gêneros em dois tipos: Gênero Primário (simples) e Gênero Secundário (complexo).

Os chamados Gêneros Primários são aqueles que provêm de situações de comunicação verbal espontânea, da vida cotidiana: linguagem oral, diálogos com a família, reuniões de amigos, etc.

Os Gêneros Secundários envolvem uma forma mais elaborada de linguagem, normalmente a escrita, para construir uma ação verbal em situações de comunicação mais complexas e relativametne mais evoluídas, abrangendo assuntos artísticos, culturais, políticos, etc. Esses gêneros modificam os Primários, que passam a ter características mais complexas e elaboradas.

Bakthin traz como exemplo uma carta ou um diálogo cotidiano da realidade comunicativa, que, quando inseridos em um romance, desvinculam-se da realidade comunicativa imediata, só conservando seu significados no plano de conteúdo do romance. Ou seja, a matéria dos Gêneros Primários e Secundário é a mesma, o que os diferencia é o grau de complexidade e elaboração em que se apresentam.

Seguindo a linha bakthiniana dos Gêneros Primários e Secundários, surge, através do advento da internet, um novo cenário de enunciação, virtual e mais complexo - o ciber ou hiper espaço -, os chamados Gêneros Terciários, em que leitor e escritor se encontram diante de novos processos de produção e compreensão textuais, construídos em um novo suporte eletrônico - o computador-, de novas formas de linguagem, de um novo código, de uma nova comunicação hipertextual, de um novo estilo de ler e escrever ( e de "conversar", usando o teclado).

A acelerada evolução da tecnologia de comunicação vem propiciando o surgimento de novos gêneros e a renovação de outros, para se adaptarem ao meio eletrônico. Consequentemente, novas estratégias de seleção e distribuição do conteúdo são empregadas e novos recursos linguísticos são criados para agilizar a transmissão de informações no ambiente virtual. E é através da emergência de novos gêneros discursivos e textuais (terciários) que surgem os gêneros virtuais.

Gêneros virtuais é o nome dado às novas modalidades de gêneros textuais, surgidas com a internet, dentro do hipertexto (texto que vem acompanhado de vários links possibilitando uma leitura não linear do mesmo, já que o leitor se encontra livre para modificar o caminho de sua leitura acessando quando acessa tais links), permitindo a comunicação e a interação entre duas ou mais pessoas, mediadas pelo computador. A internet veio inaugurar uma forma significativa de comunicação e de uso da linguagem.

Os principais gêneros virtuais são: os e-mails, os chats ou salas de bate-papo, as listas de discussão, os weblogs (blogs), etc. Acrescenta-se, ainda, que a internet possibilitou a crialção de um novo espaço para a escrita, permitindo também a ampliação da concepção de texto, que, no espaço virtual, carrega marcas da oralidade e representa um hibridismo entre a modalidade oral e escrita.

Assim, o texto passa a ser dinâmico e interativo, sendo escrito por várias mãos. Neste sentido, é função do professor fornecer ao aluno o conhecimento e a elaboração de diferentes gêneros discursivos/textuais, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho linguístico que realmente tenha sentido para si. Isso só é conseguido, à medida que a proposição textual seja bem clara e definida.

É necessário que o aprendiz possa sentir que realmente está produzindo para um leitor (que não deve ser apenas o professor), eliminando a exclusividade das situações artificiais de produção textual, tão presentes no cotidiano da escola.


TURBINANDO 01: A Heterogeneidade Tipológica nos Gêneros Textuais


Tipo textual é uma seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).Os tipos textuais abrangem algumas categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção .

Devemos ter claro que há uma grande heterogeneidade tipológica nos gêneros textuais.
Os gêneros são uma espécie de armadura comunicativa preenchida por seqüências tipológicas de base que podem ser bastante heterogêneas, mas relacionadas entre si.
Ao se nomear um texto como "narrativo", "descritivo" ou "argumentativo", não se está nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de seqüência de base.

Texto adaptado do artigo Gêneros Textuais:definição e funcionalidade de Luiz Antônio Marcushi.

domingo, 19 de agosto de 2007

NOTÍCIAS DO CURSO -CONVOCAÇÃO



Olá minhas queridas!!!!
Nossos encontros estão marcado. A publicação da convocação sairá no cronograma da Oficina Pedagógica para Set, lá no http://deconvoca.zip.net/.

CONVOCAÇÃO 89/2007
Dia: 06.09.07 quinta-feira
Horário: 8h às 12h
CONVOCAÇÃO 99/2007
Dia: 13.09.07 quinta-feira
Horário: 8h às 12h

ATP responsável: Katty Rasga

Professores CURSISTAS


EE Ayr Picanço Barbosa de Almeida :Sandra Memari Trava
EE Ayr Picanço Barbosa de Almeida :Maria Cecília Pugliesi Borges
EE Bairro Galo Branco:Keila Gonçalves Lacerda
EE Bairro Galo Branco :Silvia Helena da Silva Rego Bettoni
EE Dinora Pereira de Brito:Maria Teresa dos Santos Camargo Toledo
EE Euclides Miragaia: Alexssandra Azevedo Andrill Pinto
EE Euclides Miragaia: Kátia Regina Goulart dos Santos
EE Euclides Miragaia: Flavia Pinto de Araújo
EE Eunice Cordeiro S.Rodrigues:Inês Rezende Gonçalves de Carvalho
EE Eunice Cordeiro S.Rodrigues:Monica Fabri Machado Pinto
EE Francisco João Leme:Isolina Ferreira da Silva
EE Francisco João Leme:Ana Maria Pinheiro Dias Pais Almeida
EE Henriqueta Costa Porto: Daniela Márcia Sautin Alencar
EE Iracema Ribeiro de Freitas: Mariza Antunes de Faria
EE João Ferreira dos Santos: Márcia de Souza Medeiros Benfatti
EE João Morotti Filho: Lucimara Aparecida Ferreira
EE João Morotti Filho: Maria José Bandeira Oliveira
EE Jorge Barbosa Moreira: Michelle Frigi Vantine
EE Jorge Barbosa Moreira :Maria Aparecida Dias de Sousa
EE Juvenal Machado de Araújo :Luciana Aparecida Portela de Lima
EE Malba Thereza Ferraz Campaner :Luzia Inácio Barquilha Amiranda
EE Pedro Mascarenhas:Maria Celeste Pinto dos Santos Nunes
EE Pedro Mascarenhas :Lidiane dos Santos
EE Pedro Mazza :Cláudia maria Teixeira Mariano
EE Pedro Mazza :Shirlei Cardoso Antunes
EE Ruth Coutinho Sobreiro :Luciene Mollo Madureira
EE Ruth Coutinho Sobreiro :Rosely de Faria
EE Wilma Ragazzi Boccardo :Luciana Olivas Mariano França
EE Wilma Ragazzi Boccardo :Mirian Lage Fernandes Miranda
EE Xenofonte Strabão de Castro :Aline Belloto Tamura

Apresentação do Programa Escrevendo o Futuro

Gênero textuais - vídeo
Programa Escrevendo o Futuro
From: maithebertolini
Time: 04:24




Espaço de Publicação do Curso de Formação Continuada, ESCREVENDO O FUTURO, para Professores da Rede Estadual, da DE de São José dos Campos, inscritos no programa.

OBJETIVO

O Programa Escrevendo o Futuro tem como objetivo contribuir para a formação de professores e para a melhoria da leitura e escrita de alunos de 4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental de escolas públicas. Além de promover o concurso nacional de textos Prêmio Escrevendo o Futuro, desenvolve diversas ações de formação de professores, como a Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro, espaço de divulgação das propostas do programa para o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa e, assim, contribuir na formação continuada de professores para o ensino da escrita.

A intenção é ampliar as possibilidades de formação do professor e aproximá-lo da Internet, orientando seu uso como ferramenta para aprender e ensinar.
A Comunidade Virtual, assim, favorece a interação e a troca de experiências
de professores de todo o País, permitindo-lhes consultar textos de referência sobre o ensino de leitura e escrita, conhecer projetos bem-sucedidos
desenvolvidos em escolas públicas, informar-se sobre o programa e sobre eventos na área de Educação, inteirar-se de novas pesquisas e publicações
da área, bem como fazer cursos online sobre o ensino de leitura e escrita, orientados pelos formadores do Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).



TEMA
Utilizar a escrita para exercitar sua cidadania; Escrever sobre seu mundo próximo, onde sua identidade se constrói;Estimular o sentimento de pertencimento ao seu grupo social, bairro, cidade; Observar mais atentamente a sua cidade, construindo um novo olhar sobre este lugar.

GÊNEROS: Artigo de Opinião, Memórias e Poesia
Público alvo: 30 professores (4ª e 5ª séries de Língua Portuguesa)
Certificação de 30 horas/módulo.
Data prevista para início: 06 de setmbro.

ATP responsável: Katty Rasga