sexta-feira, 21 de outubro de 2016

POETANDO COM BANDEIRA


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PRODUTOS 2016
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1º MOMENTO: O que é prosa? O que é poesia?
MOMENTO: Falando sobre a poesia

Poesia é a forma de expressão linguística destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons, ritmos e harmonias, utilizando-se vocábulos essencialmente metafóricos.
A poesia surgiu intimamente ligada à música. A poesia dos aedos gregos e trovadores medievais promovia a união entre a letra do poema e o som. Ao longo dos anos, este vínculo foi se intensificando, mas houve uma distinção técnica entre a música (que passou a ser escrita em pautas) e a poesia que preservou a rítmica natural, e passou a ser construída por meios gramaticais. Posteriormente, a poesia ganhou fundamentos e regras próprias.
Existe alguma divergência entre o que significa Poema e Poesia. Para efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para a definição acadêmica, Poesia é o gênero de composição poética e Poema é a obra deste gênero.
Para que entendamos melhor, vejamos a definição de Poema segundo o eminente escritor, Assis Brasil:


"Poema é o "objeto" poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes. Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais "poético", ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".


MOMENTO: analisando poemas, comparando as características das escolas literárias

De Luís Vaz de Camões (autor do Renascimento - Portugal)
—      A/mor/ é/ fo/go/ que ar/de/ sem/ se/ ver//;   A
É/ fe/ri/da /que/ dói/ e/ não/ se/ sen//te;       B
É/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten//te;    B
É /dor/ que/ de/sa/ti/na /sem/ do/er//;          A

É /um/ não/ que/rer/ mais/ que/ bem/ que/rer//;   A
É /so/li/tá/rioan/dar/por/en/tre a/ gen//te;            B
É /nun/ca/ con/ten/tar/-se/ de/ con/ten//te;           B
É /um /cui/dar/ que/ga/nha/ em/ se/ per//der;       A

É/ que/rer/ es/tar/ pre/so /por/ von/ta//de;      C
É/ ser/vir/ a /quem /ven/ce, o/ ven/ce/dor//;    D
É/ ter/ com/ quem/ nos/ ma/ta/ le/al/da//de.    C

Mas /co/mo/cau/sar/ po/de /seu/ fa/vor//            D
Nos/ co/ra/ções/ hu/ma/nos/ a/mi/za//de,           C
Se/ tão/ con/trá/rio a/ si/ é o/ mes/moA/mor//?   D
Métrica:
Medida Nuova = Sonetos (aproxima-se dos clássicos)
Versos decassílabos, com predomínio dos decassílabos heroicos, nos quais a sexta e a décima sílabas são sempre tônicas; 4 estrofes (2 quartetos - 2 tercetos)
Camões é o maior poeta lírico do Classicismo português.Na sua poesia lírica, o poeta passa a
ideia de que o amor só vale a pena quando é complexo, e contraditório.

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de Olabo Bilac (autor do parnasianismo - Brasil)

Ao coração que sofre, separado A (adjetivo)
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo, B (verbo)
Não basta o afeto simples e sagrado A (adjetivo)
Com que das desventuras me protejo. B (verbo)
Não me basta saber que sou amado, A (verbo)
Nem só desejo o teu amor: desejo B (substantivo)
Ter nos braços teu corpo delicado, A (adjetivo)
Ter na boca a doçura de teu beijo. B (substantivo)
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

- Soneto
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas.

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de Manuel Bandeira (autor do Modernismo - Brasil - 1ª geração)

POÉTICA 

ESTOU FARTO do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor
ESTOU FARTO do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
ESTOU FARTO do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
QUERO antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- NÃO QUERO mais saber do lirismo que não é libertação.

Livro Libertinagem ( poemas escritos entre 1924 e 1930) 

MOMENTO:

  • Como podemos definir um poema? O que realmente caracteriza um poema?  

  • Todos podemos produzir poemas? Qual o papel da inspiração na produção de um poema?  

MOMENTO: Produção de texto
Elaborar um poema, com crítica social, seguindo o ritmo do poema Poética de M Bandeira.
As palavras em CAIXA ALTA no texto DEVERÃO aparecer seguindo a lógica de abordagem do poeta.
Postar no FACEBOOK com a seguinte etiqueta: Poetando com Bandeira
nome, número
série/sala
Escola Ilza Irma
Profª Katty Rasga
#poetandocombandeira

MOMENTO: Interaja nos posts publicados pelos colegas acessado o hashtag
Intervenção e Avaliação: pelo msg vocês receberão as intervenções para a produção, editem o texto.
Critério de avaliação:
Criatividade , seguir a não-métrica de Bandeira, uso da norma culta.

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Grata pela sua participação.
[]s.
Katty Rasga