As obras literárias,
embora possuam linguagem subjetiva, carregam consigo valores, pensamentos e
costumes de épocas.
Esses valores, na
literatura, desaparecem e voltam a se reafirmar, mais tarde, em outros momentos literários.
Funcionam mais ou menos como um pêndulo ou um círculo vicioso; podemos
verificar perfeitamente esse retorno ao passado através do seguinte gráfico:
Classicismo, o Arcadismo, o
Realismo/Naturalismo e o Parnasianismo são movimentos que retomaram as fontes
da Antiguidade Clássica; enquanto o Barroco, o Romantismo e o Simbolismo
perfilam-se como movimento que, opondo-se aos primeiros buscam o “eu”, o
subjetivismo da era medieval. O
impressionismo e o Modernismo ficariam na intersecção das duas tendências, na
tentativa de conciliação do objetivismo e do subjetivismo.
Classicismo.
Essa
escola literária decorre da “ressurreição” dos escritores da Antiguidade
Clássica, cuja leitura influenciava o modo de viver e de se expressar da época,
vindo ao encontro dos anseios do homem renascentista, uma vez que a cultura
grega já se caracterizava por uma visão antropocêntrica. O homem, não Deus,
passa a ser a medida de todas as coisas, o senhor do mundo, sem medo das
superstições que marcaram a época Medieval.
Historicamente
o Renascimento foi um período de grandes transformações culturais, políticas e
econômicas que caracterizaram a Europa dos séculos XVI e XVII. Dentre elas,
podemos destacar o fim do feudalismo e o crescimento das cidades e do
comércio.
A
arte da época é muito influenciada pelos padrões greco-latinos, que explora os
temas mitológicos e modifica os próprios temas cristãos.
“Transforma-se o amador na coisa amada
Por virtude do muito imaginar
Não tenho, logo, mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.”
Fragmento da obra de Camões no qual percebemos a valorização humana e
a expressão do amor através de uma concepção racional .
Barroco
século XVII
Estética literária que se
caracteriza pela existência de conflitos de ordem política, religiosa,
econômica e social. As idéias da Reforma Protestante começam a ser combatidas
com mais rigor através da Contra-Reforma. Surge então uma profunda reação
àquela visão antropocêntrica de mundo cristalizada no Renascimento, propondo
uma volta ao medievalismo e à autoridade da Igreja e do rei.
Esse
retorno à visão medieval de mundo implicaria na perda da soberania conquistada
pelo homem renascentista. Confrontam-se, por isso, duas forças opostas:
antropocentrismo e teocentrismo.
Tentando
conciliar esses dois elementos, o homem vive a tensão que marca a maneira de
pensar, as concepções sociais, políticas e artísticas da época. No Brasil, essa
fase é bem representada pelo Padre Antonio Vieira e pelo escritor Gregório de
Matos Guerra.
“Porém, se acaba o sol, por
que nascia?
Se
tão formosa a luz é, por que não dura?
Como
a beleza assim se transfigura?
Como
o gosto da pena assim se fia?”
(Gregório
de Matos Guerra)
É dessa época também, as obras do
famoso escultor brasileiro Antônio Francisco Lisboa, cujo pseudônimo é
“Aleijadinho.”
Arcadismo
Durante
a segunda metade do século XVIII, a Europa passa por uma importante fase de
transformação cultural. É o “século das luzes”, do Iluminismo.
Na literatura surge o Arcadismo, período que se
caracteriza pelo restabelecimento do equilíbrio clássico, rompido
durante o período barroco. A dúvida, a angústia vividas durante a escola
anterior, são substituídas pelo otimismo, pela volta à simplicidade, à
natureza, como constatamos através do soneto de Cláudio Manuel da Costa.
Soneto
LXII
Torno
a ver vos, ó montes; o destino
Aqui
me torna a pôr nestes oiteiros
Onde
em tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo
traje da Corte rico e fino
Aqui estou
entre Almendro, entre corino,
Os
meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo
correr os míseros vaqueiros
Atrás
de seu cansado desatino.
Se
o bem desta choupana pode tanto,
Que
chega a ter mais preço e mais valia,
Que
a Cidade o lisonjeiro encanto;
Aqui
descanse a louca fantasia;
E
o que até agora se tornava em pranto,
Se
converta em afetos de alegria.
Romantismo
Uma
outra estética literária surge na Alemanha e na Inglaterra, ainda entre o final
do século XVIII e início do século XIX. O movimento que primava
pelo subjetivismo, pelo individualismo.
Posteriormente,
essa escola se espalhou por toda a
Europa através da França, tendo como lema os ideais de Igualdade, Liberdade e
Fraternidade (bandeira da Revolução Francesa – 1789). A essa euforia é somada a
liberdade das idéias, das artes, dos gêneros literários: pode-se escrever o que
se pensa e o que se sente. É a hora e a vez da expressão subjetiva, é o coração
que percebe o mundo ao seu redor.
Nessa
fase, os europeus redescobriram a Idade Média. O Cavaleiro das Cruzadas foi
reabilitado. A espontaneidade e a musicalidade da lírica trovadoresca
substituíram a erudição e a disciplina clássicas.
No
Brasil, como não tivemos Idade Média, nossos românticos buscaram resgatar o
índio como nosso legítimo antepassado nacional. Em I-Juca Pirama, o poeta
Gonçalves Dias enaltece o índio brasileiro pela sua honra, força e coragem.
Veja um fragmento desta obra.
( ... )
Meu
canto de morte,
Guerreiros,
ouvi:
Sou
filho das selvas,
Nas
selvas cresci;
Guerreiros,
descendo
Da
tribo tupi
Da tribo punjante
Que
agora anda errante
Por
fado inconstante,
Guerreiros,
nasci:
Sou
bravo, sou forte
Sou
filho do Norte;
Meu
canto de morte,
Guerreiros,
ouvi
( ... )
O
índio também é abordado por José de Alencar em seus romances. Em “Iracema”, o
escritor retrata a época de formação do Ceará, mostrando o nativo brasileiro em
contato com o branco colonizador ( Iracema / Martim ). Já em “Ubirajara” ele
apresenta o índio em seu estado mais puro, pré-cabralino.
E
como estamos falando em José de Alencar, é importante lembrar que esse grande
romancista deixou também registrados, em sua obra, valores da sociedade do
século XIX. Vários de seus romances têm como assunto a vida na corte, seus
costumes, hábitos e convenções. São os chamados “romances urbanos”, cujo
objetivo era revelar a sociedade carioca da época. Em “Senhora”, por exemplo,
ficam evidentes esses valores, mostrando o casamento como uma transação
comercial, uma forma de ascensão social.
Realismo/ Naturalismo e o
Parnasianismo
Correntes artísticas mais expressivas do final do XIX.
Essa
fase teve, como pontos culminantes, a Revolução Industrial e o avanço
científico e tecnológico que levaram a profundas transformações na vida, na
arte e no pensamento da época. Privilegiou-se a intelectualidade nos bares
boêmios; o materialismo opõe-se à metafísica, à religião e a tudo que escapasse
aos limites da matéria. A situação das massas trabalhadoras nas cidades
industriais, a explosão urbana, a eletricidade, o telégrafo, criaram uma nova
forma de vida antecipadora da civilização industrial do nosso tempo.
Na
arte realista, há a introdução de uma grande novidade, que é a representação do
real de uma maneira absolutamente isenta de idealização e sentimentalismo. O
povo torna-se tema da pintura.
Em
nosso país, esses estilos predominaram entre 1881 e 1883. Porém o Parnasianismo
aconteceu apenas na França e no Brasil e foi a recuperação dos ideais do
Classicismo, representando um retorno aos temas, à arte voltada para o belo,
para a verdade e para a perfeição formal. Vejamos alguns exemplos desses
estilos na poesia:
Poesia
Parnasiana
( ... )
Invejo o ouvires quando escrevo:
Imite o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
Imito-o E, pois, nem de Carrara
A
pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
( ... ) ( Olavo Bilac )
Poesia Realista
Odeio
as virgens pálidas cloróticas
Belezas de missal que o
Romantismo
Hidrófobo
apregoa em peças góticas
Escritas
nuns acessos de histerismo
(Carvalho Junior)
Na prosa realista, temos Machado
de Assis que procura mostrar em seus romances o gosto pela análise psicológica
das personagens, revelando uma preocupação cada vez maior pela análise do
comportamento humano nos seus motivos mais íntimos. Essa introspecção na vida
humana e a profunda sondagem psicológica acabam por mostrar uma outra dimensão
da realidade, além das aparências sociais. Essas características podem ser
estudadas com detalhes nas obras realistas desse escritor ( “Dom
Casmurro”,”Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” ) e também em seus
contos.
Já
as tendências naturalistas ficam bem acentuadas nas obras de Aluísio Azevedo,
principalmente em “O Cortiço.” Esse escritor apresenta, na obra, situações que
privilegiam o exterior das personagens, seres arrastados pela força do
instinto, pelas pressões do meio, pelos apetites sexuais ou por suas heranças
biológicas e psíquicas.
Simbolismo
final do século XIX
Se
manifestou através de uma forte reação ao espírito científico e materialista.
Esse período é um retorno ao subjetivismo romântico, ao predomínio do “eu” da
imaginação e da emoção, ainda de modo mais profundo, principalmente no que diz
respeito à religiosidade e ao misticismo. Nota-se também uma preocupação
formal, porém visando à sonoridade do texto.
“Eternas, imortais vivas
Da
Luz , do Aroma, segredantes vozes
Do
mar e luares de comtemplativas
Vagas visões volúpicas, velozes.”
Nas duas primeiras décadas
do século XX, o Brasil passa por uma fase bastante conturbada. Vários focos de
agitação abalam o país. Entre eles, a Guerra dos Canudos, a revolta contra a
vacina obrigatória no Rio de Janeiro, a política do café com leite (São
Paulo/Minas).O centro econômico e cultural desloca-se para o Sudeste do país.
São Paulo urbaniza-se rapidamente. O operariado começa a se organizar.
Essa inquietação social
interna intensifica-se quando sobrevém a Primeira Guerra Mundial, na qual o
Brasil entra em 1917.
Pré-Modernismo
Nesse contexto
histórico-cultural surge o período cultural brasileiro de
transição que vai de 1902 (publicação de “Os Sertões”) à Semana de Arte / 1922.
Por ser uma literatura
de transição apresenta duas facetas bem distintas: uma de caráter
conservador, pela permanência de elementos naturalistas e parnasianos e
outra de caráter renovador, pelo
interesse crítico na realidade brasileira, revelando as tensões da época.
Essa segunda tendência
aparece sobretudo na prosa. Em “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, por
exemplo, Lima Barreto mostra a personagem Isaías, um mulato que procura emprego
no Rio de Janeiro; nessa obra o escritor aborda o problema do preconceito
racial reinante na época.
Outros autores também
retrataram problemas sociais como agitações e guerras (“Os Sertões” de Euclides
da Cunha); o drama do imigrante (Canaã, de Graça Aranha)e a situação do caipira
paulista (“Urupês” e “Cidades mortas” de
Monteiro Lobato).
Modernismo
Conforme já vimos
no início do século XX, houve uma inquietação política e cultural, não apenas
no Brasil, mas no mundo. Portanto, esse novo estilo literário foi um movimento
de âmbito bastante largo que promoveu a reavaliação da cultura brasileira,
inclusive porque coincidiu com outros fatos importantes no terreno político e
artístico, dando a impressão de que na altura do Centenário da Independência
(1922), o Brasil efetuava uma revisão de si mesmo e abria novas perspectivas,
diante das transformações mundiais da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que
aceleraram o processo de industrialização e de prosperidade.
Em 1929, o mundo atravessa
uma enorme crise financeira que levará à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Foi nesse período de insatisfação, contradição, inquietação e desequilíbrio que
surgiram movimentos artísticos voltados para uma nova interpretação e expressão
da realidade. Esses movimentos ficaram conhecidos como vanguardas européias
e exerceram influência sobre o
modernismo, não só na literatura, mas também na arte. Diversos caminhos foram
trilhados pelos artistas modernos na pintura.
Essa estética aconteceu, em nosso país, em três fases. A primeira foi no período de destruição, a fase do experimentalismo, do espírito revolucionário cuja preocupação era definir as novas idéias, atacando de forma agressiva a literatura tradicionalista.
Esse caráter revolucionário
estimulou o aparecimento de numerosos grupos, descentralizando a literatura. Apesar
das diferenças entre os diversos grupos da primeira fase, há em quase todos
eles um acentuada inspiração nacionalista que pode ser considerada uma das
características básicas do modernismo.
Podemos destacar nessa fase Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel
Bandeira, Cassiano Ricardo e outros.
Amo São Paulo em meio à multidão dos seus operários:
Um que trabalha no andaime de um gigantesco
edifício, e agora mesmo
Atravessou lá em cima
uma tábua suspensa tão alto que a todo instante
Entra e sai na fumaça de uma nuvem que passa ?
(
... ) ( Cassiano Ricardo )
Passada a fase mais agressiva e polêmica, observamos que a literatura
brasileira começa a entrar num período de construção, de amadurecimento,
sobretudo com a estréia de uma geração de escritores que revelariam, em suas
obras, uma grande preocupação com os problemas sociais de seu tempo. Nessa Segunda
fase do nosso Modernismo situada entre 1930 e 1945 surge o romance social
nordestino, de linha neo- realista, cuja intenção principal foi
denunciar os problemas econômicos do Nordeste, o drama dos retirantes e a
exploração do povo num sistema social injusto.
Dentre
os escritores dessa época destacam-se: Rachel de Queiroz, Jorge Amado,
Graciliano Ramos, José Lins do Rego e outros. Em
“Vidas Secas”, Graciliano Ramos faz uma análise da situação precária em que
vivia o homem do Nordeste brasileiro. Precária não só pelas condições adversas
da geografia, mas também pela ausência da mais elementar instrução e pelos
desmandos a que o trabalhador era submetido pelos proprietários de terras.
Na
poesia, abandona-se o espírito destrutivo e irreverente dos primeiros momentos
e os poetas passam a desenvolver suas próprias tendências, buscando as linhas
social, religiosa, espiritualista, amorosa e recorrendo, inclusive, a formas
poéticas tradicionais como o soneto que podemos encontrar nas obras de Vinícius
de Moraes.
A
partir de 1945, tivemos a terceira fase do modernismo brasileiro, denominada
por alguns críticos de Pós- Modernismo. Ainda que seja difícil descrevermos
todas as correntes literárias desse período, apontamos algumas tendências que
nos ajudarão a compreender os caminhos trilhados pela prosa e poesia desse
momento. Em
primeiro lugar, destaca-se o interesse pela análise psicológica das
personagens notadamente nas obras de Clarice Lispector. Essa abordagem também
foi tomada por Dalton Trevisan, porém de forma mais direta e objetiva,
conduzindo o leitor ao mais profundo das misérias do cotidiano e aos mecanismos
de opressão do mundo contemporâneo.
Outra
tendência é o chamado realismo fantástico que expressa uma visão crítica
das relações humanas e sociais através de narrativas que transfiguraram a realidade. Essa característica é bem
representada nas obras de Moacir Scliar e José J. Veiga.
Por
último, devemos fazer referências ao regionalismo, tendência que desde o
Romantismo constituído fonte preciosa para a literatura brasileira. Essa
intenção de representar o interior do país, seus tipos humanos, seus problemas
sociais , é comum nas obras de Guimarães Rosa, escritor considerado marco
inicial desse tipo de prosa moderna.
Em
se tratando da poesia brasileira, esse foi um período em que coexistiram
diferentes tendências. A exemplo da chamada de geração de 45, grupo de poetas que rejeitaram o verso
desleixado modernista e revalorizavam a
acuidade artesanal com a linguagem poética. Veja um exemplo da produção dessa
época.
( ... )
Somos muitos
Severinos E
se somos Severinos
Iguais em tudo na
vida; Iguais
em tudo na vida
Na mesma cabeça
grande Morremos
de morte igual,
Que a custo é que
se equilibra Mesmo
morte severina
(
... )
Expressionismo
No final do século XIX
O objetivo era expressar as emoções e o mundo
interior do homem através de distorções violentas. Em 1907, Pablo Picasso desenvolveu
as idéias do Cubismo. Essa pintura cubista caracteriza-se pelas formas
geométricas. A obra que marca o início desse movimento é “Les demoiselles
d`Avignon”.
Surrealismo
Outro importante movimento
artístico dessa época que busca libertar o artista dos
limites da razão, propondo a expressão plena da imaginação. No campo da pintura
temos como representante Salvador Dali, entre outros.
No Brasil, nossos artistas se
beneficiaram do clima da Semana de Arte Moderna de 1922. Exemplos das diversas
tendências da pintura brasileira moderna podem ser vistos em “Tropical” de
Anita Malfatti, “Samba” de Di Cavalcanti, “Abaporu” de Tarcila do Amaral
e “Menino morto” de Portinari.
Na década de 50, surgiu um movimento poético inovador
chamado Concretismo, sendo Décio Pignatari um de seus principais
representantes.
Coca-
cola
Beba coca cola
Babe cola
Beba coca
Babe cola caco
Caco
Cola
Cloaca
(Décio Pignatari)
Na
década de 60, surge uma tendência denominada poesia Práxis, cuja intenção era
estabelecer uma ponte entre o poeta e a vida social. . É o que podemos observar
no poema:
Força na força
( ... )
a palavra na boca a
rolha fofa sem força
na boca a
palavra: força a
palavra em folha solta
a força da
palavra força a
força da palavra força
a palavra rolha
fofa a
palavra de boca em boca
(...)
Mário Chamie
Ainda
na década de 60, alguns poetas manifestaram-se contrários aos excessos de
teorização e experimentalismo, propondo a volta ao cotidiano sofrido do homem
comum.
Nessa
linha poética, encontramos Ferreira Gullar que abandona sua atividade
concretista aderindo à poesia social. É dele esse poema:
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
A luz o telefone.
( ... )
A partir de 1968, as vanguardas
pareciam já ter exaurido suas propostas. Os poetas passam, então, a investir na
música popular . As escolas e universidades descobrem o texto da música como
produto estético a ser analisado.
Pra
não dizer que não falei das flores
Caminhando
e cantando e seguindo a canção Vem,
vamos embora,
Somos
todos iguais, braços dados ou não, Que
esperar não é saber
Nas
escolas, nas ruas, campos, construções Quem
sabe faz a hora,
Caminhando
e cantando e seguindo a canção Não
espera acontecer
(
... )
Nos
anos 70, a poesia marginal surgiu como uma recusa dos poetas em relação ao
métodos tradicionais de produção e distribuição de suas obras. A venda desses
trabalhos se dava, geralmente, de mão em mão, sendo realizada muitas vezes pelo
próprio autor. Eram poesias: ora de
expressão subjetiva, pessoal; ora de denúncia. A obra dos “marginais” de 70
obteve maior aceitação que a dos grupos anteriores.Um exemplo de poeta dessa
fase é Paulo Leminsky.
“nuvens brancas
passam
em
brancas nuvens”
E o mundo hoje? Para onde
caminha? E o homem contemporâneo?
Seria este um momento de transição? Que valores
reafirmaríamos no que concerne à literatura? Estaria o homem vivendo um momento
semelhante ao que marcou a passagem do Barroco para o Arcadismo?
POR: Marlene
Aparecida Scoparo e Odalvina
Maria Zanetti de Oliveira
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Katty Rasga