terça-feira, 18 de setembro de 2012

PROFESSOR HOJE

“Hoje, o papel do professor, assume uma importância ainda maior, já que passa a criar e mediar processos de aprendizagem, promovendo situações desafiadoras e investigativas, que despertem nos alunos o interesse e o prazer pelo conhecimento. Os alunos precisam ser expostos a atividades significativas, integradoras e desafiadoras, que gerem interesse, estimulem a curiosidade e possibilitem ricas oportunidades de aprendizagem. É necessário implementar nas salas de aula um ambiente de pesquisa, participação, construção de conhecimentos, descobertas e reflexão. Para que isso ocorra, precisamos dispor de diferentes recursos, que vão muito além do giz e do livro didático. É cada vez mais difícil pensar em uma escola atual em que as novas tecnologias de informação não estejam presentes. Incorporar diferentes recursos tecnológicos ao cotidiano da escola não pode mais ser considerado como algo para o futuro. Eles precisam ser imediatamente inseridos, de forma efetiva, nos diversos espaços escolares.”
(ADAPTADO) Profa. Katia Regina Ashton Nunes / Revista Pátio, Ano 4, Nº 13, Jun/Ago 2012, Pág. 25


SER PROFESSOR...
(Paulo Freire)
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor, que por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza da minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste.

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Katty Rasga