1) Ando pela rua Há um buraco fundo na calçada Eu caio Estou perdido… sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.
2) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Mas finjo não vê-lo. Caio de novo. Não posso acreditar que eu estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.
3) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Vejo que ele ali está Ainda assim caio… é um hábito. Meus olhos se abrem Sei onde estou É minha culpa. Saio imediatamente.
4) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Dou a volta.
5) Ando por outra rua.”
~ Sogyal Rimpoche, Livro Tibetano do Viver e do Morrer, p. 55, Editora Talento – Palas Athenas
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Katty Rasga